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Comissão cobra providências sobre assassinato de jovem indígena no Mato Grosso do Sul

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Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados solicitou ao Ministério da Justiça envio da Força Nacional de Segurança e apuração da morte de jovem indígena assassinado no Mato Grosso do Sul.
Conflito na terra indígena Ñande Ru Marangatu, em Antônio João (MS). Foto: Reprodução vídeo

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, integrada pelo deputado Miguel Ângelo, está atuando para que a Força Nacional de Segurança Pública seja enviada ao município de Antônio João, no Mato Grosso do Sul, onde um indígena foi assassinado, na última quarta-feira (19), pela Polícia Militar. O jovem Neri Guarani Kaiowá, de 22 anos, foi morto com um tiro na cabeça.

De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a PM teria arrastado o corpo de Neri para um pedaço de mata, impedindo os Guarani e Kaiowá de se aproximarem. Neri teria sido o quarto indígena assassinado na busca por reconhecimento da terra indígena Ñande Ru Marangatu. 

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Daiana Santos, e o deputado petista Tadeu Veneri assinam o ofício enviado ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, no qual é solicitado o envio da Força Nacional para que faça rondas ostensívas na terra indígena. No documento, a Comissão também pede que seja investigada a conduta dos policiais militares envolvidos no confronto naquela área, que está cercada pela PM.

A Comissão de Direitos Humanos também solicitou providências ao STF, ao Ministério Público Federal, ao Ministério de Direitos Humanos e ao Tribunal Regional Federal da 3ª. Região.

Tragédia anunciada

A Comissão de Direitos Humanos já vinha acompanhando o conflito na terra indígena da cidade de Antônio João (MS). Na semana passada, o deputado Tadeu Veneri esteve na área em disputa. Ele representou a Comissão em uma missão que foi verificar violações de direitos humanos na região.

Também participaram da comitiva o ex-ministro de Direitos Humanos Paulo Vanucchi e representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Anadep, Comissão Arns e Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entre outras entidades.

Homologada pela Funai em 2005, a terra indígena Ñande Ru Marangatu possui 9,3 mil hectares. No entanto, o decreto de demarcação foi contestado por supostos proprietários de uma fazenda que fica dentro do território. O caso ainda não foi julgado.

O Cimi publicou no YouTube imagens do conflito na região. Confira o vídeo:

Também na semana passada a Articulação dos Povos Indígenas no Brasil (Apib) protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação sobre a possibilidade de massacre na área.

Com informações de PT na Câmara, Cimi e Instituto Socioambiental.

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