Pesquisar
Filho da

NOTÍCIAS

40 anos: viva o MST!

Facebook
Twitter
WhatsApp
Foto: Tiago Coelho | PT na Câmara

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi homenageado na quarta-feira (28), na Câmara dos Deputados, em sessão solene que celebrou os 40 anos do movimento. A sessão foi solicitada pelos deputados do PT Valmir Assunção, Marcon e João Daniel e pela deputada Luiza Erundina, do Psol.

Para o deputado Miguel Ângelo, trata-se de uma homenagem “mais do que justa”. Ele ressaltou as lutas e os resultados alcançados pelo MST:

“É inegável a contribuição que o este movimento tem dado para o nosso país, em especial por produzir alimentos de altíssima qualidade, fortalecer a agricultura familiar e a economia campo. Além da sua luta pela Reforma Agrária e por justiça no campo, devemos lembrar ainda que o MST sempre esteve na linha de frente na defesa das mais caras causas sociais e dos direitos humanos e na luta contra a extrema direita, em defesa da nossa democracia.”

A sessão, presidida pela deputada Maria do Rosário (PT), foi acompanhada por parlamentares, representantes do MST e do governo. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar com a reforma agrária. “O Brasil tem terra suficiente para acolher todos os agricultores que querem nela trabalhar”, disse.

O integrante da Coordenação Nacional do MST Gilmar Mauro lembrou a história do movimento, ressaltando que é feita de lutas contra o latifúndio improdutivo. “Enquanto existir nesse País de 850 milhões de hectares de terra uma família sem terra, é nossa obrigação lutar por dignidade humana e ocupar os latifúndios improdutivos”, afirmou.

MST: um movimento de resultados

Fundado em janeiro de 1984, em Cascavel, no Paraná, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tem como objetivos gerais lutar pela terra, pela Reforma Agrária e por uma sociedade sem exploradores e explorados. Está hoje organizado em 23 estados e no Distrito Federal e soma cerca de 450 mil famílias assentadas e 70 mil acampadas.

Destaca-se como um dos grandes produtores de alimentos orgânicos do país e da América Latina. Segundo artigo publicado no site do Movimento, da deputada Juliana Cardoso (PT-S), “o MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. Na safra de 2023 colheu 16 mil toneladas”.

Os resultados vêm de “cadeias produtivas que produzem feijão (100 mil toneladas), milho, trigo, café, leite, mel, mandioca e diversos hortifrutis”. Os números são robustos. Na produção de leite, suas 14 cooperativas organizam 5.500 famílias produtoras responsáveis pelo fornecimento de 37 milhões de litros por mês.

O Movimento reúne em sua cadeia produtiva 1.900 associações, 185 cooperativas e 120 agroindústrias que produzem, beneficiam e comercializam as safras da Reforma Agrária Popular.

Outra contribuição importante do MST é para o reflorestamento: nos últimos quatro anos, plantou nada menos que 10 milhões de árvores. Sem esquecer as ações solidárias durante a pandemia. Foram 9 mil toneladas de alimentos saudáveis doadas nas periferias e 2,5 milhões de marmitas entregues a pessoas em situação de vulnerabilidade.

COMPARTILHE NAS REDES SOCIAIS

Oi, como posso te ajudar?