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Miguel Ângelo marca presença na Festa do Rosário de Itamarandiba

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Foto: Paróquia São Sebastião | Facebook
Foto: Instagram Miguel Ângelo

“Foi um momento marcado por religiosidade e tradição, que demonstrou a riqueza cultural de Itamarandiba”, afirmou o deputado federal Miguel Ângelo (PT) sobre a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Itamarandiba, no Vale do Jequitinhonha. O evento, que também celebrou os dez anos da Paróquia São Sebastião, atraiu milhares de pessoas da cidade e de toda a região.

A Festa do Rosário de Itamarandiba foi aberta no dia 13 de outubro, sendo que as comemorações foram precedidas de uma novena de preparação. Organizada pela Paróquia São Sebastião, com apoio Prefeitura de Itamarandiba e da Secretaria Municipal de Cultura, o evento contou com celebrações, grupos folclóricos, artistas locais, banda de música, alvoradas, queima de fogos, barraquinhas, manifestação religiosa, procissões e celebrações.

No domingo (22), último dia de festejos, houve o típico cortejo e a procissão com o andor de
Nossa Senhora do Rosário.

“É sempre especial participar de festividades como esta, que nos fazem lembrar de como foi escrita a nossa história, marcada pela religiosidade, pela cultura popular e com raízes na luta e resistência do povo negro. Não fosse por esse alicerce, Minas Gerais não seria o que é hoje. Participar da Festa do Rosário é como revisitar o nosso passado para valorizar o presente. Só posso parabenizar a prefeitura de Itamarandiba e a Paróquia São Sebastião por esta festa tão linda”, ressaltou o deputado.

Miguel Ângelo participou do encerramento da festa, no domingo (22/10), em companhia do prefeito, Luiz Fernando Alves, do vice-prefeito, Lete Monteiro, e do procurador-geral do município, Pedro Afonso.

Foto: Instagram Miguel Ângelo
Foto: Instagram Miguel Ângelo

Visita

Na oportunidade, Miguel Ângelo também visitou as obras de reforma do Hospital Municipal de Itamarandiba, apresentadas por Antônio Afonso de Andrade, o Toninho, que é diretor-executivo da Fundação Hospitalar Dr. Afonso Pavie.

Festa do Rosário de Itamarandiba é uma tradição de séculos

A Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos tem origem nos primórdios do município, quando a “marujada” desfilava pelas ruas e becos, levando religiosidade, música e alegria. O cortejo visitava as casas especialmente enfeitadas para aquele momento. Seguidos da banda, os marujos conduziam o cortejo até a Igreja do Rosário, percorrendo as ruas ornamentadas pelo povo, com bandeiras coloridas.

A celebração remonta ao século XVIII, como forma de devoção dos membros da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Libertos e Cativos. A exemplo de outras festividades mineiras, a Festa do Rosário de Itamarandiba tem ascendentes na cultura afro-brasileira e na história de resistência e resiliência do povo negro no Brasil. É marcada pelos valores do sincretismo religioso, da oralidade, da culinária e da musicalidade afro-brasileiros, que muito contribuíram para a formação do povo de Minas Gerais.

Sobre Itamarandiba

Foto: Site da Prefeitura Municipal de Itamarandiba

Itamarandiba integra o Pólo Turístico do Vale do Jequitinhonha. Além da Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, a cidade é conhecida por outras festividades religiosas, como as encenações da Semana Santa e a celebração de Corpus Christi. Outro evento importante do município é a exposição agropecuária anual, a Expoita, realizada no Parque de Exposições. Itamarandiba realiza ainda um dos mais procurados carnavais da região. 

Entre as atrações locais, estão também a secular Feira de Itamarandiba, aos sábados, e o Mercado Municipal, na Praça dos Agricultores, onde podem ser encontrados produtos da Mata Atlântica e do Cerrado — biomas da região —, grande parte deles produzida pela agricultura familiar. 

Outros atrativos são o artesanato do Vale do Jequitinhonha e a culinária local, tradicionalmente mineira, com características do período colonial. São muito apreciadas na cidade iguarias como feijão tropeiro, costelinha de porco com angu, canjiquinha, frango com quiabo, além de receitas com pequi, fruto típico do Cerrado.

História 

Segundo histórico do site do IBGE, os habitantes originários da região onde hoje se situa o município de Itamarandiba foram possivelmente os indígenas bororó, conforme apontam vestígios já encontrados, como machados e cachimbos de pedra.

Já a história da fundação da cidade tem diferentes versões. Uma delas é a de que está relacionada aos desbravadores que atravessaram a região em busca de ouro. Outros registros dão conta de que teria sido fundada pelo célebre bandeirante paulista Fernão Dias Paes Leme, em uma expedição em busca de esmeraldas. Há relatos, ainda, de que o município surgiu em função da necessidade de comunicação dos moradores da Vila do Fanado — hoje, cidade Minas Novas — com outras vilas. 

Acredita-se que os pioneiros tenham se fixado na região, motivados pela fertilidade do solo e pela presença diversos mananciais de água, dando origem, assim, ao povoado de São João Batista. No início, a agricultura foi a principal atividade econômica. Mais tarde, desenvolveu-se uma pequena produção industrial, com a fabricação de tecido e botões revestidos de linha. 

O povoado teria se desenvolvido ao redor da primeira capela, erguida em 1765. Em 1780, havia no local fundições de ferro para produção de ferramentas, como enxadas, machados e foices, bem como pregos e cravos. Registra-se na segunda metade do século XVII a construção de casas, do grupo escolar e da cadeia pública, com alicerces de pedras e paredes de adobe ou tijolo. 

De povoado a cidade

O distrito de São João Batista foi criado em 1840 e em 1862, foi emancipado a município, desmembrando-se de Minas Novas. Em 1923, passou a ser denominado Itamarandiba. O nome, de origem indígena, significa pequena pedra que se move junto com outras, segundo definição de Auguste Saint-Hilaire, botânico e naturalista francês que, entre 1816 e 1822. percorreu vários estados brasileiros, entre os quais, Minas Gerais.

Com informações do IBGE e da Prefeitura de Itamarandiba.

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